domingo, 16 de dezembro de 2007
Não é fácil me fazer pensar que ainda se tem tempo
podia fazer valer todos os astros nos céus
sem saber porque ainda respirava...
cantava todos os dias
a mesma canção descalça
um orgasmo com tanta pressa e mais um gole de cachaça.
partir é sempre partir
sem destino certo,
raspando a poeira do assoalho
que agarra nas solas deste sapato
desde que me perdi da última vez e me senti ciumento
pois
nem menos eu na multidão
resolveria a sorte
lâmina forte
mais uma vez passou entre transeuntes e televisores
entre cenas e senadores ejaculados
Somos assim dentro de caixas,
perdidos dentro de caixas:
lixo dos outros e
cusparadas.
senti uma vontade suspensa de ir
manter uma relação com o fora,
encerrar o fora,
interiorizar o que excede.
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